26 de agosto de 2013

Você quer saber quando o bondinho vai voltar? Nós também!

Por Thaís Cavalcante

Lá se vão dois anos do acidente com o Bonde 10. Dois anos sem o Bonde e muitas saudades. Dois anos sem poesia, mas com muita revolta.



QUAL É A SITUAÇÃO ATUAL?

  • Para fabricar quatorze novos bondes, o governo contratou novamente a empresa TTRANS, que é a mesma empresa que, em 2008, também deveria ter fabricado quatorze bondes, mas só fabricou sete, que nunca funcionaram direito e logo foram retirados de circulação.
  • Ninguém sabe como serão os bondes plastificados que a TTRANS vai fabricar agora. O governo já disse que não serão abertos, terão portas, corredor e capacidade reduzida. Tudo indica que são bondes pensados para o turismo e não para uso do morador.
  • O trabalho de troca dos trilhos e dos cabos elétricos começou, há poucos dias, nos Arcos da Lapa. As empresas contratadas para fazer o serviço são a AZVI, da Espanha e a ELMO do Rio Grande do Sul.

O QUE FIZERAM OS MORADORES E A AMAST?
  • Solicitamos, por escrito, duas audiências com a Casa Civil. Nunca obtivemos resposta.
  • Entramos no Ministério Públlico Federal com um pedido de abertura de inquérito contra o Secretário de Transportes, Júlio Lopes. O inquérito foi aberto e arquivado.
  • Coletamos 15 000 assinaturas que foram entregues no Palácio das Laranjeiras. Nunca obtivemos resposta.
  • Entramos com Ação Popular questionando a legalidade da licitação para fabricação de 14 novos bondes. Conseguimos liminar em primeira instância, que foi derrubada em segunda instância. O proceddo parece não andar, nem para frente, nem para trás.
  • Solicitamos ao Ministério Público Federal a abertura de um Inquérito Civil Público para investigar dano ao Patrimônio Histórico por parte do governo Estadual. O Ministério Público Federal organizou duas reuniões entre técnicos do governo e a diretoria da AMAST. Tentamos negociar, mas sem sucesso: o governo insiste em mandar fabricar bondes fechados e, claramente, dedicados ao turismo. Pior, o Ministério Público Federal parece ter engavetado o inquérito.
  • Solicitamos ao IPHAN a realização de um inventário completo do patrimônio do Sistema de Bondes de Santa Teresa. Sabemos que este patrimônio está se deteriorando. Ninguém do governo sabe nos dizer, ao certo, quantos bondes históricos ainda existem e onde estão. O IPHAN nunca nos respondeu.
  • Realizamos manifestações e protestos. Entregamos novas cartas ao governo. Trabalhamos com a mídia. Imprimimos folhetos. Tivemos várias reuniões com a CENTRAL e o governo de Sérgio Cabral, autoritário, clientelista e intensamente envolvido em irregularidades, se recusa ao diálogo com os moradores.
Nossa maior preocupação, neste momento é com o patrimônio público histórico que está deteriorando. Além de não ter inventariado este patrimônio, o governo não acenou em nenhum momento com a possibilidade de restaurar os bondes antigos. O dinheiro que está empenhado é apenas para a fabricação de novos bondes. Não estão minimamente preocupados com o que vai acontecer com os bondes antigos que estão largados por aí, enferrujando e expostos a roubos e sucateamento.



HOJE E SEMPRE, NOSSAS REIVINDICAÇÕES SÃO AS SEGUINTES:
  • Realização imediata de um inventário do acervo do Sistema de Bondes de Santa Teresa;
  • Restauração completa dos bondes históricos, oficinas e estações;
  • Respeito ao modelo dos bondes históricos (abertos e com estribos) como referência para os novos.

O QUE QUEREMOS:
  • Queremos que os bondes (os novos e os restaurados) circulem com toda a segurança necessária, com passagem a valores populares e com capacidade para atender a demanda de transporte do bairro.
  • Queremos que os novos bondes sejam identificados como bondes novos, mas tenham a mesma cara que os antigos.
  • Queremos que os bondes históricos, devidamente restaurados, circulem ao lado dos novos, sempre com a devida manutenção.
  • Queremos que os bondes voltem a ser o principal meio de transporte dos moradores do bairro.
QUEREMOS NOSSOS BONDES, HISTÓRICOS, POPULARES E ECOLÓGICOS!
SANTA TERESA NÃO VAI DESISTIR DE SUA POESIA...JAMAIS!

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