O Seminário: Os caminhos da Sociedade Civil e o Sentido de suas Organizações e Coletivos

Por Reinaldo Cunha
(Foto: Davi Marcos)

“O Seminário: “Os caminhos da Sociedade Civil e o Sentido de suas Organizações e Coletivos”, promovido pelo Observatório de Favelas”. Foi muito proveitoso, já que permitiu uma reflexão sobre a atuação da “Sociedade Civil”, através das ( Organizações Não Governamentais). A questão da proliferação das ONGs, por políticos, e a Criminalização das instituições que sobrevivem com dinheiro publico e privado, careceu de uma resposta eficaz. O grande nó é a corrupção política dos gestores públicos.

Outro ponto sensível abordado foi sobre a atuação das ONGs, em Órgãos de Controle Deliberativos, os chamados Conselhos Governamentais (paritários) sejam: ( municipais estaduais e federais). Na pratica: esses “conselhos” ditos “democráticos” servem para iludir a sociedade civil, e cooptar lideranças de movimentos sociais, para fazerem o “jogo do poder”.

Outra questão importante que foi colocado por mim, foi a ausência da discussão da representação parlamentar que é questionado nas ruas, nas manifestações populares. A população não se sente representado pelo poder político atual. Não podemos esconder por debaixo do tapete a corrupção eleitoral e a compra de votos, por parlamentares corruptos e corruptores. Necessitamos de uma reforma política urgente.

Outro ponto confuso é as emendas parlamentares, que cai nas mãos de “picaretas” que usam o dinheiro público para enriquecimento ilícito. É necessário repensar o voto obrigatório.

Por fim: o seminário foi profícuo e importante para a formação de uma consciência critica, e a criação de um novo "marco regulatório" de funcionamento das ONGs, ou seja: com maior transparência, impessoalidade, imparcialidade, publicidade das ações das instituições.

São bastante diversificadas as instituições da sociedade civil. Não podemos ignorar as OS (organizações sociais), que dilapidam o patrimônio público, a serviço do caixa 2 de campanhas eleitorais. No Rio, o gasto com as OS, já chegam a cifra de mais de 1 bilhão de reais. Elas estão a serviço de quem?