Aula sobre Cultura e Comunicação Popular

Todos os sábados pela manhã, teremos postagens no blog do Jornal O Cidadão, feitas diretamente pelos alunos do II Curso de Comunicação Comunitária que acontece no Ceasm, aos sábados de 10h as 16h.

Por Jocimara Brito

Na segunda aula do curso de Comunicação Comunitária, no último dia 10, os alunos aprenderam um pouco mais sobre a favela e a relação entre comunicação comunitária e cultura. Na primeira parte da aula, o professor de geografia Leon Diniz trouxe para discussão entre os alunos o tema “A favela é a nova senzala?”. Após um mapeamento geral das favelas cariocas, o professor pontuou as 16 comunidades do Complexo da Maré, e explicou o motivo de valorização da área. Voltando no tempo e usando também a história, ele citou o surgimento das favelas e, em especial, do morro do Timbau, em 1940. O tratamento dado às favelas gerou comentários na sala, principalmente em relação à importância do pobre para o rico, e o fato da Maré estar cercada por importantes vias expressas da cidade. Como um lugar valorizável, o professor atentou para a implantação de uma UPP na região, que aparentemente traz bons ventos para a comunidade, mas a fundo, também traz uma remoção sem força. 

Já na segunda parte da aula, o professor Adair Rocha, autor do livro Cidade Cerzida, conversou com os alunos sobre cultura, comunicação comunitária e popular. Para ele, cultura é tudo o que significa e tudo o que acontece na cidade é resultado de um todo. Assim, uma cidade não está partida, e todas as áreas são importantes para a sua construção. A favela é importante e faz parte da cidade. Por isso, segundo o professor, a frase “levar cultura para a favela” não tem sentido.  Finalizando a aula, professor e alunos também discutiram sobre comunicação comunitária e popular.  Adair comentou que a comunicação comunitária não age no sentido massivo de homogeneização, mas abrange a diversidade e dá a possibilidade para que todos, apesar das diferenças, sejam comuns e participantes.