Jornal
Comunitário forma novos estudantes, para desenvolver a comunicação nas favelas
do Rio de Janeiro.
O
Jornal “O Cidadão”, realizou o primeiro curso de Comunicação Comunitária na
Maré. As aulas contaram com a participação de alunos que moravam dentro e fora
da comunidade, e que tivessem interessados em aprender sobre a comunicação. O objetivo
era formar comunicadores para desenvolver dentro de suas localidades uma
integração entre os moradores locais. Foram tratados diversos assuntos como
internet, TV, jornais impressos entre outros temas que auxiliasse na produção
de noticias, além da formação comunitária. O curso capacitou 13 alunos e já
existe um projeto para o próximo ano, devido ao sucesso. Os estudantes falam
sobre o aperfeiçoamento adquirido.
“O curso foi uma
celebração a liberdade comunicativa, a comunhão entre várias tribos
comunicativas e comunitárias, em suas mais diversas expressões. Foi prazeroso e
um grande privilégio estar próxima de tanta gente interessante e interessada em
falar em prol dos que não se sentem representados e assistidos pelos meios de
comunicação “tradicionais”, pela mídia elitista. Uma sensibilização à
importância da comunicação comunitária. Aprendi que devo ser “mídia” e fazer de
minha comunicação, não um fim em si, mas um viés para a valorização da
comunicação como um grito dos excluídos, um caminho que encurta distância entre
pessoas e coisas. Na verdade eu quase nada sei, só sei que é assim, para mim.
Obrigada a todos os responsáveis pelo congresso pelo privilégio de ter
participado”.
"Gostei muito do curso. Aprendi
bastante com as aulas, com os professores, com a mistura de pessoas de diversos
segmentos, não só de gente ligada à comunicação, mas também, de pessoas que
sentem vontade e querem fazer algo pelo próximo, pela comunicação comunitária".
- Maisa Ferreira
"Eu gostei do curso. Foi muito bom aprender a fazer comunicação
comunitária. Eu não fiz muitas matérias para dizer o que mais gosto de cobrir.
Mas gosto muito de poder denunciar o descaso em que vive o povo. Sobre a violência
acho relativo cobrir ou não depende do caso. Se falarmos sempre de violência,
podemos nos transformar em um jornal “Meia Hora”. Todo dia há pessoas que
sofrem violência, contudo existem fatos que merecem uma matéria como, por
exemplo, uma invasão da UPP. É claro que para fazer matéria de violência temos
que ter cuidado. Nas fontes de pesquisa e como vamos escrever. O seminário foi
muito enriquecedor e acho que fortaleceu o ensino, pesquisa, extensão e meios
de comunicação comunitários".
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