6 de setembro de 2013

A Comlurb falando para a Maré

Entrevista com o Encarregado técnico Pedro, que respondeu pela gerência da Comlurb. Feita por Thaís Cavalcante, na sala de secretariado da Comlurb, na Maré dia 11 de Abril de 2013.

Por: Thaís Cavalcante
Colaboração: Eliano Félix

Como a Comlurb administra a coleta do lixo que, atualmente é um sério desafio para as comunidades?
A coleta é feita aqui na comunidade com 7 caminhões, 6 compactadores diariamente e um reforço segunda, quarta e sexta. Então são 7 caminhões, mais é reservado exclusivamente para o lixo público. É um mini-compactador. As vias de acesso dos caminhões na comunidade, não dá espaço para todos os caminhões. Existem as vielas, que são as ruas mais estreias, e esse trabalho é feito com os micro-tratores, totalizando 7. Que atuam diariamente aqui no Complexo.

Quais os maiores problemas para a coleta de lixo seletiva em nossa favela? E o que seria preciso para minimizá-los ou acabar de vez com eles?
Essa parte precisa muito da participação da população. Nós teremos que fazer um trabalho intensificado. Educando, orientando e fiscalizando, para poder colher algum retorno. E com um trabalho a longo prazo, vamos conseguir a adesão da população, pois a limpeza é tudo. Isso depende da participação dos moradores. Eles entendendo que a o lixo desordenado, só atrapalha a condição de limpeza da comunidade.

Quais foram os principais avanços em termos de lixo e meio ambiente, que a Maré conquistou?
A Comlurb investiu bastante nisso. Antes a quantidade de equipamentos era bem menor, agora não. Os entulhos, nós retiramos com uma pá mecânica e 4 caminhões que trabalham de 7h as 19h todos os dias. Medidas tomadas que ajudaram bastante a minimizar esse problema sério que é o lixo na comunidade.

Qual o principal foco da Comlurb?
A limpeza urbana e a conscientização do povo. Se a gente conseguir conscientizá-los, vamos alcançar a nossa meta que tem relação direta com o meio ambiente. Quanto menos lixo na rua, melhor será a qualidade do nosso povo.

O numero de funcionários que trabalham na Comlurb é o suficiente para a demanda?
Sim, porém muitos ficam com problemas de saúde por causa do próprio trabalho. Prejudicados pela coluna etc. Isso acaba nos trazendo a diminuição de pessoas.

Qual o tipo de parceria com as Associações e escolas da Maré?
A gente se coloca a disposição das associações através de contato telefônico e visitas periódicas. Os presidentes também nos convidam, fazem propostas e a Comlurb tem uma recepção. É uma parceria e, a proporção que a gente entra com o trabalho, em cima da demanda da comunidade. Os presidentes abraçam essa causa, fazem o trabalho de conscientização direto e, isso tem nos ajudado muito.

Com a notícia da nova medida da Prefeitura chamada "lixo zero", que pune quem jogar lixo no chão, já que a lei é para todos, como essa fiscalização irá atuar nas favelas, que estão juntas da cidade?
Nós esperamos que através desse próprio trabalho de divulgação da mídia, do dever do cidadão de preservar a cidade limpa, creio que o procedimento, tanto na área externa quanto interna, em relação a comunidade, não altera a lei. É para todos. Nosso foco não é a arrecadação de dinheiro, mas sim cidade limpa. Ainda que isso gere algum valor, certamente vai somar muito. Essa medida é boa e vai trazer bons resultados, que vai colaborar com a qualidade de vida dos moradores da Maré e com o desempenho do nosso trabalho.

Qual mensagem a Comlurb quer passar para os moradores?
Qualquer investimento da Comlurb visa o bem estar das famílias da Maré. E quando essas famílias aderirem essa proposta, tendo a visão que o lixo na rua só traz transtornos para a saúde, certamente vão estar investindo na comunidade. Principalmente na própria família e no bem estar de seus filhos.

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