13 de setembro de 2013

19ª Edição do ato: O Grito dos Excluídos

Fotos, texto e vídeo por Tati Alvarenga
Aluna do II Curso de Comunicação Comunitária da Maré


O Brasil foi descoberto em  22 de abril de 1822, logo possui quinhentos e treze anos. Teve sua independência proclamada por Dom Pedro nas margens do Rio Ipiranga em 07 de setembro de 1822. E em 2013, seu povo ainda é escravo de um sistema político corrupto, ultrapassado e preconceituoso. Não existe independência a ser comemorada.
Isso tornou  a 19ª edição do Grito dos Excluídos um grande ato contra o atual sistema político, não só na Cidade do Rio de Janeiro mas,  em várias capitais do país. Pois muitos populares acordaram para a atual situação desta nação que precisa de pessoas responsáveis no poder.
No entanto, esta manifestação em pleno desfile de 07 de setembro, traz à tona uma parte da sociedade que nunca dormiu e que, hoje  compartilha as ruas com a geração multimídia, com uso da internet. Compartilha na rede (as vezes em tempo real) o que acontece de fato nos protestos. Como fazem integrantes da Mídia Ninja (Narrativas Independentes Jornalismo e Ação), para juntos buscar clareza sobre assuntos de interesse popular.
A diversidade do protesto impressionou, pois estavam presentes: índios, moradores de rua, representantes de várias comunidades cariocas e do município do Rio, Sindicato dos Petroleiros, universitários, músicos,  jornalistas, fotógrafos e mídia-livre. Houve repressão policial, bomba de gás lacrimogêneo  e ao longo do dia foram cinquenta e seis prisões segundo a página da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Facebook.
O povo nas ruas simboliza poder democrático que não pode jamais terminar. É uma população de classe média que em sua maioria lota as ruas. Os moradores de favela ainda não aprenderam como um todo o caminho da rua para protestar. O dia que conhecerem esta tática de se opor contra o Governo, será algo extremamente lindo,  pois representará um elefante criado em cativeiro descobrindo a sua força.

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