22 de junho de 2010

"Cia Marginal" emociona os mareenses


Por Gizele Martins
Fotos: Naldinho Lourenço

Para alguns...aquelas cenas eram tão familiares que o reconhecimento em cada personagem era tamanha. E não tinha jeito, as lágrimas misturadas a uma imensa alegria caíam, rolavam no rosto de cada cria da Favela da Maré que teve o privilégio de assistir a mais um belo espetáculo da “Cia Marginal”.

A ideia foi a de homenagear uma das dezesseis favelas da Maré, a Nova Holanda. Favela conhecida por ter uma das maiores feiras populares da América Latina “Feira da Teixeira Ribeiro”, por seus inúmeros bares, por sua grande movimentação de pessoas de fora e de dentro da favela, por sua religião afro, pela música alta: samba, pagode, carnaval, rock e muito baile funk, dentre diversas outras maravilhosas características.

E temas como: violência, falta de moradia, fronteiras invisíveis e muro da vergonha também estiveram presentes na encenação como forma de protestar, de gritar e mostrar que há insatisfações por causa da falta de direitos. Direitos estes.. que conseguem muitas das vezes interromper, ou até mesmo apagar a nossa alegria, a nossa história!
Para contar tudo isso, moradores foram entrevistados, pesquisas sobre o local foram feitas pelos próprios atores, e que também são mareenses. O que não foi por acaso... que a ficção e a realidade... ficaram tão juntinhas...ficaram tão próximas de cada um que teve a honra de assistir aqueles tão talentosos jovens que atuaram... naquelas mais de uma hora de apresentação...sobre a própria VIDA!!!


Parabéns “Cia Marginal”!!!

A Maré agradece!!!





Um comentário:

  1. A nossa história é assim desse geito. Alguns governantes só querem saber de politicagem, mas de políticas de saúde, educação e habitação eles só falam nas vesperas de votos. Após as eleições, esquecem de tudo que prometeram e ficam com as caras de senvergonhas cuspindo nos pratos dos eleitores. Ainda colocam as UPPs como solução para os moradores das favelas. Quanto que na verdade se os órgãos públicos funcionassem de vedade com as finalidades devidas, cada qual desenvolvendo o seu social, bem administrado, a sociedade se sentiria bem amparada e ocupada com projetos sociais e não teria tempo para pensar em praticar atos desumanos. Embora, ao comparar-mos as atitudes daqueles que estão no poder tirando os direitos da população, e ao invés de cumprirem as leis, mudam as mesmas para beneficiar interesses proprios, todas conclusões indicarão a necessidade de que sejam instaladas as UPPs também dentro desses órgãos governamentais. Ainda encontramos alguns que escapam dos grupos das maracutais, mais são contados a dedo.

    Abraços socialista aos companheiros da Maré.

    Jane Nascimento

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